Garfield é o personagem gordo dos quadrinhos do americano Jim Davis. Este gato cheio de charme vai te encantar.
domingo, 31 de agosto de 2008
Histórias de gatos
O GATO QUE QUERIA SER TIGRE
Maria Hilda de J. Alão.
Era uma vez, numa floresta muito longe, um gato que vivia descontente com o seu tamanho, com o seu pêlo e a sua voz. Ele olhava para o seu primo tigre e pensava: por que não sou como ele? Às vezes chorava, até que um dia ele foi conversar com um elefante. O elefante era muito respeitado, entre a bicharada, pela sua sabedoria.
- Seu elefante, eu queria ser grande como o meu primo tigre. Queria ter o pêlo como o dele, com aquelas listras pretas e brancas, ter uma pata grande, rosnar tão forte, mas tão forte, para que se ouvisse muito além do mar.
- Ora, gatinho! Exclamou o elefante – deixe de besteira, você não pode mudar o que está feito. Você nasceu um gato, eu nasci um elefante, é isso que somos, entendeu? Já pensou se todo bicho quisesse ser igual a outro? Seria uma loucura. Isso aqui iria se transformar numa tremenda bagunça. Imagine jacaré querendo ser lagartixa ou lagartixa querendo ser jacaré! Ah, ah, - riu o elefante – seria engraçado demais.
- Mas eu não quero ser assim desse jeito que sou. Eu quero ser igual ao meu primo tigre, forte e bonito.
O elefante percebeu que não adiantava argumentar. O gato queria porque queria ser um tigre. Foi então que o gato perguntou:
- Você pode me ajudar?
- Eu não, amigo gato. Acho que você precisa é de magia. Deve procurar a maga. – disse o elefante preocupado.
- Maga? Que coisa é isso? Perguntou o gato.
- Uma mulher que faz mágica. Talvez ela possa transformá-lo em um tigre do jeitinho que você quer.
- E onde eu posso encontrar essa tal de maga?
- Olha aqui, gato, siga esse caminho aí que vai dar direto na cabana dela.
E indicou um caminho cheio de pedras que se perdia no seio da floresta. E lá foi o gato em busca do seu sonho de ser grande e bonito como seu primo tigre. Depois de muito caminhar pela longa estrada, ele avistou a cabana da maga. Upa! Finalmente. – pensou. Bateu à porta e esperou. Nada. Bateu novamente. Aí veio aquela voz de gralha:
- Quem é o bicho que veio me importunar?
O gato, tremendo, respondeu:
- Sou eu, dona maga, o gato. Eu preciso conversar com a senhora. Eu vim por indicação do meu amigo elefante.
Silêncio. A maga não disse nada. Devagar a porta da cabana foi se abrindo fazendo um ruído esquisito e, então, apareceu uma velha com um só dente na boca. O gato ficou preocupado, pensando, se ela faz magia, por que não faz uma pra ela ficar mais bonita.
- Ah, é você? - gritou a maga – que quer de mim?
E o gato falou do seu sonho de ser tigre, falou do conselho do elefante, suplicou esfregando o focinho nos pés da maga.
- Chega, Chega...! gritou a velha. Você é mais um dentre aqueles que não se contentam com a aparência que têm. Quer ser aquilo que não nasceu pra ser.
- A senhora pode me ajudar? Pode me transformar num belo tigre marrom com listras pretas e brancas? Por favor...! – implorou o gato.
A maga entrou, acompanhada do gato, e começou a mexer a poção que fervia num enorme caldeirão de ferro. Vez por outra ela colocava asa de morcego enquanto o gato falava. Finalmente ela parou de mexer a poção. O gato tremia por dentro esperando a resposta.
- Bem! Já deu tempo de eu analisar: gato bobo, vaidoso e invejoso quer ter um corpo bonito por fora e por dentro é feio. Para esse caso eu tenho a mágica perfeita.
- Obaaaaa! Pensou o gato – Finalmente meu sonho será realizado.
A maga levantou os braços magros e com a voz estridente gritou:
- Bim bim salabim bimbó,
Transforme em rato esse gato bocó
Que por dois dias ele viva num mocó
Sem poder caçar curió
Evitando um outro gato
Pra não servir de repasto
Até que termine o efeito
Deste feitiço perfeito.
Raios e trovões espocaram – tchibuuum -, fora consumada a magia. Aquele gato malhado de porte orgulhoso era, agora, um reles rato preto com a cauda avermelhada, como se tivesse sido passada num tacho de água fervente.
E o gato que virou rato, fugiu da cabana da maga para cumprir seu castigo. Depois de passado o efeito da magia, o gato voltou a se encontrar com o elefante.
- Olá amigo gato, pensei que o veria transformado num belo tigre!
E o gato, relembrando os tormentos que passou quando era um rato, respondeu:
- Pois é, graças ao seu conselho, descobri que ser um gato não é tão ruim assim. Por isso aqui estou eu, feliz, no meio dos meus amigos.
O GATO E OS PASSARINHOS
Maria Hilda de J. Alão.
Eu moro numa casa que tem um quintal bem grande. Todo dia, de manhã, os passarinhos vêm comer as migalhas de pão que a minha mãe joga quando sacode a toalha da mesa, depois do café da manhã. Nós também temos um gato que se chama Bichano. Quando os passarinhos estão comendo as migalhas, o Bichano fica engraçado. Ele fica abaixadinho, com as duas patas da frente esticadas, e as duas traseiras encolhidas, parecendo que vai dar um pulo. A minha mãe disse que é um tal de bote que ele dá e pega o passarinho.
Eu fiquei preocupada. Como pode um gato pegar uma coisinha tão linda pra comer? Foi aí que eu resolvi dar um jeito. Eu ficava escondida e, quando o gato se preparava pro tal de bote, eu gritava e batia os pés no chão:
- Passa fora Bichano!
Nossa! Ele levava um susto, corria, e os passarinhos voavam todos. Um dia eu não vi a minha mãe sacudir a toalha. Eu estava arrumando a minha mochila pra ir à escola. Desci correndo pra pegar meu tênis e a minha mãe falou:
- Filha, anda logo porque eu já estou pronta pra levar você pra aula! Aí eu me lembrei dos passarinhos, porque só depois de sacudir a toalha e arrumar a mesa é que nós saíamos. Corri pro quintal e só tinha um passarinho comendo as migalhas. Olhei pra ver se o Bichano estava por ali. Nada. Eu fiquei triste pensando que ele tivesse comido os outros passarinhos. De repente eu olhei pro canteiro de rosas e lá estava ele preparadinho pra pegar aquele que eu pensava ser o último passarinho. Sem esperar mais eu gritei sacudindo os braços:
- Xô passarinho! – e o passarinho voou pra longe. O Bichano olhou pra mim e fez miauuu. Então eu disse pra ele: - não adianta ficar zangadinho porque eu não vou deixar você comer passarinho nenhum. Você tem muita comida aqui em casa, seu guloso. Por que não fica admirando as aves comendo como eu faço? Então ouvi minha mãe chamando:
- Ritinha! Vamos, menina, senão chegará atrasada.
A caminho da escola eu falei da minha preocupação e minha mãe, rindo, disse:
- Talvez hoje só tenha vindo um passarinho. Não se preocupe porque eles são espertos e não se deixarão apanhar facilmente.
Mas eu vou continuar espantando eles todas as vezes que eu veja um gato ou alguém tentando pegá-los, ou eu não me chamo Ritinha!
O GATO E O RATO
Maria Hilda de J. Alão
Uma vez estava um gato caminhando entre pedras e pedaços de madeira quando foi avistado por um rato que, rapidamente, se escondeu num buraco. O gato percebeu e pensou:
- Ele vai ter de sair e eu estarei esperando.
E riu o riso dos gatos num prolongado miauuuuuuu. O pobre rato, lá no buraco, tremia imaginando o poder das unhas e dos dentes do bichano. Passou-se um bom tempo. O silêncio reinava lá fora. O ratinho apurou os ouvidos. Nada. Então colocou a cabeça para fora do buraco e usando o poder farejador dos seus bigodes, rastreou o espaço em volta. Nada. Talvez o gato tenha cansado de esperar e foi embora. Sentiu-se seguro. Devagar foi saindo ainda usando os bigodes como radar. Nada de gato. Finalmente estava fora.
Caminhou uns poucos metros e, pumba, o gato saltou na sua frente. O ratinho, apavorado, gritou:
- Pode parar!!
O gato ficou espantado com a audácia daquela criatura asquerosa, odiada pelos homens e pelos gatos, arqueou o dorso, arrepiou os pêlos, arreganhou os dentes e disse:
- Sujeito atrevido, vou acabar com você!
- Tá, tá bem, seu gato, mas antes me diga uma coisa: Por que não podemos ser amigos?
O gato riu. O riso sinistro fez o ratinho se encolher de tanto medo.
- Nunca! Jamais um gato foi amigo dum rato. Vocês são desprezíveis, burros, sinônimo de sujeira e de doença. Esse ódio aos ratos está no sangue dos felinos, sangue nobre e puro. Você conhece alguma história de gato amigo de rato? Já viu um rato vencer um gato?
- É, seu gato, acho que está carregado de razão! Respondeu o rato com a voz sumidinha.
Continuou a argumentar com o gato que maquinava o bote que daria para abocanhar o rato. Daria um bote de serpente. Não. Serpente não. Daria o pulo do gato. Aquele pulo leve, alongado, silencioso e, zaz, rato na boca. O rato percebeu a distração do gato vaidoso e disse:
- Seu gato, antes que me pegue, gostaria de fazer uma aposta com você.
- Aposta?
- É. Você disse que os ratos são burros, desqualificados. São tão nojentos que os homens tratam outros homens de rato quando eles são desonestos.
- Isso é verdade. - Respondeu o gato.
- Qual é a aposta?
- Bem, - disse o ratinho – eu gosto muito de contar gatos no meu pensamento. Eu fecho os olhos, fico em silêncio e conto: um gatinho, dois gatinhos... nunca consegui passar dos cem gatinhos. Olha que gasto duas horas contando. Talvez eu tenha o cérebro do tamanho de um grão de areia. Já você, que é bem maior, pode contar uns mil ratinhos em cinco minutos. Não é verdade?
O gato pensou no desafio. É não custava nada fazer a vontade daquele idiota. Seria a última mesmo. Estufou o peito e disse:
- Tá apostado. Pode marcar o tempo. Quando terminar eu pego você.
Não havia passado nem cinco minutos da contagem e o gato abriu um olho para ver se o rato estava cronometrando. Cadê o rato? O gato ficou possesso. Fora enganado por um rato sujo, desonesto com cara de fuinha. Miou de ódio, arranhou o chão, rolou sobre as pedras para aplacar a ira. Mas quando olhou para o buraco chorou, chorou tanto que os olhos verdes ficaram pretos como as letras do bilhete que o ratinho deixou à entrada do buraco.
“E eu é que sou burro, ah, ah, ah...”
UM GATO NO ESPELHO
Maria Hilda de J. Alão.
Um gato, parado diante do espelho do quarto de sua dona, discutia com sua imagem refletida.
- Quem é você? Pensa que vai tomar o meu lugar nesta casa? Miauuurur! Aqui não vai ficar. Dormir no meu cestinho nem pensar. Também não terá os carinhos da menina Lili. Pode sair! Já! Olha, eu já mandei! Sai daí valentão imitador! Miauuurur! Estou ficando nervoso. Olha só o meu pêlo todo arrepiado.
O bichano, todo eriçado e com o corpo curvado, partiu para cima da imagem dando uma testada no espelho que doeu bastante. Como o outro bichano não saiu nem se abalou, ele resolveu desafiá-lo para um duelo.
- Não adianta ficar me imitando o tempo todo. Vamos duelar, briga de gato pra valer! Pode ser aqui ou no telhado. O vencedor fica na casa. Miauuurrur!
Uma aranha, que morava atrás da cortina do quarto, cansada de ouvir o falatório do gato, saiu e pendurada num fio de sua teia se pôs a apreciar o teatro que o gato fazia com sua imagem refletida no espelho. Estava engraçado. O gato pulava, arrepiava-se, miava, arreganhava os dentes para a imagem como se estivesse diante de um inimigo.
A princípio a aranha se divertiu. Um tempo depois ela já estava sentindo a agulhada de sua consciência que dizia: “não ria da ignorância alheia”. É. O gato não sabia que aquele outro gato era ele mesmo. Foi aí que ela tomou uma atitude correta.
- Olá amigo bichano! Por que está tão bravo assim?
- É que apareceu este gato estranho para tomar o meu lugar. – disse ele sacudindo o rabo com força fazendo uma careta para a imagem.
- Amigo, amigo! Este que você vê aí é você mesmo. O amigo está diante de um espelho. Veja, se eu esticar o meu fio mais um pouco eu vejo outra aranha que sou eu mesma.
- Dona aranha, mas que confusão é esta? – perguntou o bichano.
- Não tem confusão nenhuma. Veja! – e esticando o fio de sua teia, aranha apareceu no espelho gritando para o gato:
- Olha eu aí! Tá vendo? É a minha imagem. Eu não vou brigar com ela pensando que ela quer a minha casa. É isso amigo. É o seu reflexo no espelho.
- Então este sou eu...eu? Meu Deus! Não sabia que eu era assim! – perguntava de boca aberta o bichano.
- Claro! É você mesmo. – respondeu a aranha contente.
- Todos os gatos são iguais a mim...? – quis saber.
- Não. Todos os animais são diferentes uns dos outros. Para dar um exemplo: tem gato todo branco, malhado, preto e branco, grande, pequeno e assim por diante. Isso vale para todos os seres existentes na natureza. Se tudo fosse igual, já imaginou o quanto monótono seria o mundo? – respondeu a aranha.
Então o gato, já mais calmo, começou a olhar mais atento para o espelho. Levantou a pata da frente, a imagem repetiu o gesto. Abriu a boca imitando um tigre, a imagem fez o mesmo. Ele gostou do viu e disse para a aranha.
- Obrigado amiga aranha por ter me esclarecido. Eu nunca havia me visto num espelho, daí a minha ignorância.
- Adeus amigo bichano! Não fique muito tempo diante do espelho... – disse ela rindo e escalando, lentamente, o fio da teia para voltar a sua casa atrás da cortina do quarto.
Faça como a aranha. Não ria, esclareça.
UM ACORDO ENTRE O GATO E O RATO
Maria Hilda de J. Alão.
Era uma vez um velho gato
Que morava perto do mato
Numa casa toda branquinha
Junto com a velha Mariquinha.
A velha fazia pão, queijo e biscoito
Pra vender, e cada um custava oito
Dinheiros que ela guardava
Numa sacolinha muito alva
No fundo da gaveta do armário.
Um dia, depois do trabalho diário,
A velha dirigiu-se até a cozinha
Pra ver na sacola o quanto tinha,
Pois precisava comprar o recheio
E ficar sem ele ela tinha receio
Senão biscoitos ela não vendia,
Os sem recheio ninguém queria.
Ela abriu a gaveta e pegou a sacola
Deu um grito igual galinha d’Angola:
- Tem rato nesta cozinha, venha aqui
Seu gato malandro cara de sagüi
Veja como ficou meu pobre dinheiro
Parece que foi alvo dum canhoneiro
Enquanto tu dormes empanturrado
Com a comida fruto do trabalho suado
Desta pobre velha sem ninguém por ela.
Este rato delinqüente pegue-o pela goela,
Leve-o pra longe, lá pros confins
Onde o Judas perdeu seus botins.
O velho gato com a ordem ficou perturbado,
Pois estava, há muito tempo, aposentado.
Agora pegar no batente não tinha cabimento,
Mas não podia provocar um desentendimento
Senão iria miar em estranhos telhados
Nas noites geladas de céu estrelado
Sem cama, comida e leite bem quentinho,
Por causa de um infame ratinho.
Então ele chamou o ratinho velhaco
E lhe disse: - doravante nem um naco
Do dinheiro da velha você roerá,
Queijo, bolacha e pão você comerá.
Na casa não poderá entrar nem em sonho
Esse é o acordo felino que eu proponho,
Levarei todas as noites ao seu porão
De cada alimento uma boa porção
Porque eu não quero mais me cansar
Nem me arriscar a ir morar
No olho da rua por sua causa,
Veja se nessa perturbação dá uma pausa.
O rato aceitou de pronto a proposta,
Pois passar fome ninguém gosta,
E comer sem precisar trabalhar
É tudo que um rato pode desejar.
Passou-se um tempo depois desse dia
Nem sombra do rato se via.
A velha feliz e muito contente
Dizia: - este gato é muito potente
Com ele rato não tira farinha
Sumiu com aquele cara de fuinha
Que o meu dinheiro estragou,
Mas caro ele pagou.
O rato, gordo como ele só, no porão
Ria e rolava no pó do chão
Da trapalhada para enganar a senhora
Que ao gato abençoava a toda hora.
E assim, meu lindo netinho,O gato muito espertinho
Passou seus dias dormindo,
E as noites, ao rato, comida servindo.
REFLEXÕES DE UM GATO
Maria Hilda de J. Alão.
É tão bom ser um gato, dormir num cesto de vime forrado com almofada de cetim e ser mimado pela menina Dorinha. Ela me conta histórias de bichos, de princesas e bruxas más quando, à tardinha, eu estou no seu colo refestelado.
É bom demais ser um gato, ter um amigo cachorro para eu apostar corrida pelo imenso quintal. Às vezes eu fico irritado com o carinho do cão. Ele vem e me lambe a cara, abocanha meu rabo só para me tirar da soneca de depois do almoço. Aí eu fico todo eriçado, dou um rosnado forte deixando minha dona brava que me diz:
- Psiu, amigos não brigam...
Eu vejo muita verdade nas palavras da menina e saio para brincar de pegador com Apolo, o cãozinho poodle de seis meses. Depois de muitas traquinagens, subo no muro do quintal e ele, ganindo tristinho, pede para eu descer. Depois de alguns minutos eu faço a sua vontade e ganho muitos abraços e lambidas da bolinha branca de pêlos, meu amigo do peito.
Depois de tanta brincadeira, ficamos muito cansados e recebo um gentil convite do amigo Apolo para com ele eu descansar no seu macio colchão que fica no quarto de Dorinha. Lá chegando ele me oferece seus brinquedos. Uma bolinha vermelha, um boneco azul que apita, um osso de material sintético, um pequeno sapato e tudo que estiver por ali. O cansaço fecha nossos olhos. Dormimos lado a lado, cão e gato, até que nossa dona chegue e nos acorde carinhosa:
- Apolo e Tom, já cheguei da escola. É hora do jantar.
E passa a mãozinha sobre nossas cabeças despertando-nos dos sonhos caninos e felinos. Por isso é que eu digo, crianças: é tão bom ser um gato, é tão bom ser amado.
CADA UMA TRATA DE GATOS, QUE COM SUA ELEGANCIA E SIMPATIA VÃO VIVENDO A VIDA. CADA UM COM SUAS HISTÓRIAS DIFERENTES E SEU JEITO DE GATO, UTILIZADO EM TODAS AS SITUAÇÕES, A MELHOR SOLUÇÃO. MAS CHEGA DE COMENTAR, VAMOS AGORA LÊ-LAS, JÁ.
Maria Hilda de J. Alão.
Era uma vez, numa floresta muito longe, um gato que vivia descontente com o seu tamanho, com o seu pêlo e a sua voz. Ele olhava para o seu primo tigre e pensava: por que não sou como ele? Às vezes chorava, até que um dia ele foi conversar com um elefante. O elefante era muito respeitado, entre a bicharada, pela sua sabedoria.
- Seu elefante, eu queria ser grande como o meu primo tigre. Queria ter o pêlo como o dele, com aquelas listras pretas e brancas, ter uma pata grande, rosnar tão forte, mas tão forte, para que se ouvisse muito além do mar.
- Ora, gatinho! Exclamou o elefante – deixe de besteira, você não pode mudar o que está feito. Você nasceu um gato, eu nasci um elefante, é isso que somos, entendeu? Já pensou se todo bicho quisesse ser igual a outro? Seria uma loucura. Isso aqui iria se transformar numa tremenda bagunça. Imagine jacaré querendo ser lagartixa ou lagartixa querendo ser jacaré! Ah, ah, - riu o elefante – seria engraçado demais.
- Mas eu não quero ser assim desse jeito que sou. Eu quero ser igual ao meu primo tigre, forte e bonito.
O elefante percebeu que não adiantava argumentar. O gato queria porque queria ser um tigre. Foi então que o gato perguntou:
- Você pode me ajudar?
- Eu não, amigo gato. Acho que você precisa é de magia. Deve procurar a maga. – disse o elefante preocupado.
- Maga? Que coisa é isso? Perguntou o gato.
- Uma mulher que faz mágica. Talvez ela possa transformá-lo em um tigre do jeitinho que você quer.
- E onde eu posso encontrar essa tal de maga?
- Olha aqui, gato, siga esse caminho aí que vai dar direto na cabana dela.
E indicou um caminho cheio de pedras que se perdia no seio da floresta. E lá foi o gato em busca do seu sonho de ser grande e bonito como seu primo tigre. Depois de muito caminhar pela longa estrada, ele avistou a cabana da maga. Upa! Finalmente. – pensou. Bateu à porta e esperou. Nada. Bateu novamente. Aí veio aquela voz de gralha:
- Quem é o bicho que veio me importunar?
O gato, tremendo, respondeu:
- Sou eu, dona maga, o gato. Eu preciso conversar com a senhora. Eu vim por indicação do meu amigo elefante.
Silêncio. A maga não disse nada. Devagar a porta da cabana foi se abrindo fazendo um ruído esquisito e, então, apareceu uma velha com um só dente na boca. O gato ficou preocupado, pensando, se ela faz magia, por que não faz uma pra ela ficar mais bonita.
- Ah, é você? - gritou a maga – que quer de mim?
E o gato falou do seu sonho de ser tigre, falou do conselho do elefante, suplicou esfregando o focinho nos pés da maga.
- Chega, Chega...! gritou a velha. Você é mais um dentre aqueles que não se contentam com a aparência que têm. Quer ser aquilo que não nasceu pra ser.
- A senhora pode me ajudar? Pode me transformar num belo tigre marrom com listras pretas e brancas? Por favor...! – implorou o gato.
A maga entrou, acompanhada do gato, e começou a mexer a poção que fervia num enorme caldeirão de ferro. Vez por outra ela colocava asa de morcego enquanto o gato falava. Finalmente ela parou de mexer a poção. O gato tremia por dentro esperando a resposta.
- Bem! Já deu tempo de eu analisar: gato bobo, vaidoso e invejoso quer ter um corpo bonito por fora e por dentro é feio. Para esse caso eu tenho a mágica perfeita.
- Obaaaaa! Pensou o gato – Finalmente meu sonho será realizado.
A maga levantou os braços magros e com a voz estridente gritou:
- Bim bim salabim bimbó,
Transforme em rato esse gato bocó
Que por dois dias ele viva num mocó
Sem poder caçar curió
Evitando um outro gato
Pra não servir de repasto
Até que termine o efeito
Deste feitiço perfeito.
Raios e trovões espocaram – tchibuuum -, fora consumada a magia. Aquele gato malhado de porte orgulhoso era, agora, um reles rato preto com a cauda avermelhada, como se tivesse sido passada num tacho de água fervente.
E o gato que virou rato, fugiu da cabana da maga para cumprir seu castigo. Depois de passado o efeito da magia, o gato voltou a se encontrar com o elefante.
- Olá amigo gato, pensei que o veria transformado num belo tigre!
E o gato, relembrando os tormentos que passou quando era um rato, respondeu:
- Pois é, graças ao seu conselho, descobri que ser um gato não é tão ruim assim. Por isso aqui estou eu, feliz, no meio dos meus amigos.
O GATO E OS PASSARINHOS
Maria Hilda de J. Alão.
Eu moro numa casa que tem um quintal bem grande. Todo dia, de manhã, os passarinhos vêm comer as migalhas de pão que a minha mãe joga quando sacode a toalha da mesa, depois do café da manhã. Nós também temos um gato que se chama Bichano. Quando os passarinhos estão comendo as migalhas, o Bichano fica engraçado. Ele fica abaixadinho, com as duas patas da frente esticadas, e as duas traseiras encolhidas, parecendo que vai dar um pulo. A minha mãe disse que é um tal de bote que ele dá e pega o passarinho.
Eu fiquei preocupada. Como pode um gato pegar uma coisinha tão linda pra comer? Foi aí que eu resolvi dar um jeito. Eu ficava escondida e, quando o gato se preparava pro tal de bote, eu gritava e batia os pés no chão:
- Passa fora Bichano!
Nossa! Ele levava um susto, corria, e os passarinhos voavam todos. Um dia eu não vi a minha mãe sacudir a toalha. Eu estava arrumando a minha mochila pra ir à escola. Desci correndo pra pegar meu tênis e a minha mãe falou:
- Filha, anda logo porque eu já estou pronta pra levar você pra aula! Aí eu me lembrei dos passarinhos, porque só depois de sacudir a toalha e arrumar a mesa é que nós saíamos. Corri pro quintal e só tinha um passarinho comendo as migalhas. Olhei pra ver se o Bichano estava por ali. Nada. Eu fiquei triste pensando que ele tivesse comido os outros passarinhos. De repente eu olhei pro canteiro de rosas e lá estava ele preparadinho pra pegar aquele que eu pensava ser o último passarinho. Sem esperar mais eu gritei sacudindo os braços:
- Xô passarinho! – e o passarinho voou pra longe. O Bichano olhou pra mim e fez miauuu. Então eu disse pra ele: - não adianta ficar zangadinho porque eu não vou deixar você comer passarinho nenhum. Você tem muita comida aqui em casa, seu guloso. Por que não fica admirando as aves comendo como eu faço? Então ouvi minha mãe chamando:
- Ritinha! Vamos, menina, senão chegará atrasada.
A caminho da escola eu falei da minha preocupação e minha mãe, rindo, disse:
- Talvez hoje só tenha vindo um passarinho. Não se preocupe porque eles são espertos e não se deixarão apanhar facilmente.
Mas eu vou continuar espantando eles todas as vezes que eu veja um gato ou alguém tentando pegá-los, ou eu não me chamo Ritinha!
O GATO E O RATO
Maria Hilda de J. Alão
Uma vez estava um gato caminhando entre pedras e pedaços de madeira quando foi avistado por um rato que, rapidamente, se escondeu num buraco. O gato percebeu e pensou:
- Ele vai ter de sair e eu estarei esperando.
E riu o riso dos gatos num prolongado miauuuuuuu. O pobre rato, lá no buraco, tremia imaginando o poder das unhas e dos dentes do bichano. Passou-se um bom tempo. O silêncio reinava lá fora. O ratinho apurou os ouvidos. Nada. Então colocou a cabeça para fora do buraco e usando o poder farejador dos seus bigodes, rastreou o espaço em volta. Nada. Talvez o gato tenha cansado de esperar e foi embora. Sentiu-se seguro. Devagar foi saindo ainda usando os bigodes como radar. Nada de gato. Finalmente estava fora.
Caminhou uns poucos metros e, pumba, o gato saltou na sua frente. O ratinho, apavorado, gritou:
- Pode parar!!
O gato ficou espantado com a audácia daquela criatura asquerosa, odiada pelos homens e pelos gatos, arqueou o dorso, arrepiou os pêlos, arreganhou os dentes e disse:
- Sujeito atrevido, vou acabar com você!
- Tá, tá bem, seu gato, mas antes me diga uma coisa: Por que não podemos ser amigos?
O gato riu. O riso sinistro fez o ratinho se encolher de tanto medo.
- Nunca! Jamais um gato foi amigo dum rato. Vocês são desprezíveis, burros, sinônimo de sujeira e de doença. Esse ódio aos ratos está no sangue dos felinos, sangue nobre e puro. Você conhece alguma história de gato amigo de rato? Já viu um rato vencer um gato?
- É, seu gato, acho que está carregado de razão! Respondeu o rato com a voz sumidinha.
Continuou a argumentar com o gato que maquinava o bote que daria para abocanhar o rato. Daria um bote de serpente. Não. Serpente não. Daria o pulo do gato. Aquele pulo leve, alongado, silencioso e, zaz, rato na boca. O rato percebeu a distração do gato vaidoso e disse:
- Seu gato, antes que me pegue, gostaria de fazer uma aposta com você.
- Aposta?
- É. Você disse que os ratos são burros, desqualificados. São tão nojentos que os homens tratam outros homens de rato quando eles são desonestos.
- Isso é verdade. - Respondeu o gato.
- Qual é a aposta?
- Bem, - disse o ratinho – eu gosto muito de contar gatos no meu pensamento. Eu fecho os olhos, fico em silêncio e conto: um gatinho, dois gatinhos... nunca consegui passar dos cem gatinhos. Olha que gasto duas horas contando. Talvez eu tenha o cérebro do tamanho de um grão de areia. Já você, que é bem maior, pode contar uns mil ratinhos em cinco minutos. Não é verdade?
O gato pensou no desafio. É não custava nada fazer a vontade daquele idiota. Seria a última mesmo. Estufou o peito e disse:
- Tá apostado. Pode marcar o tempo. Quando terminar eu pego você.
Não havia passado nem cinco minutos da contagem e o gato abriu um olho para ver se o rato estava cronometrando. Cadê o rato? O gato ficou possesso. Fora enganado por um rato sujo, desonesto com cara de fuinha. Miou de ódio, arranhou o chão, rolou sobre as pedras para aplacar a ira. Mas quando olhou para o buraco chorou, chorou tanto que os olhos verdes ficaram pretos como as letras do bilhete que o ratinho deixou à entrada do buraco.
“E eu é que sou burro, ah, ah, ah...”
UM GATO NO ESPELHO
Maria Hilda de J. Alão.
Um gato, parado diante do espelho do quarto de sua dona, discutia com sua imagem refletida.
- Quem é você? Pensa que vai tomar o meu lugar nesta casa? Miauuurur! Aqui não vai ficar. Dormir no meu cestinho nem pensar. Também não terá os carinhos da menina Lili. Pode sair! Já! Olha, eu já mandei! Sai daí valentão imitador! Miauuurur! Estou ficando nervoso. Olha só o meu pêlo todo arrepiado.
O bichano, todo eriçado e com o corpo curvado, partiu para cima da imagem dando uma testada no espelho que doeu bastante. Como o outro bichano não saiu nem se abalou, ele resolveu desafiá-lo para um duelo.
- Não adianta ficar me imitando o tempo todo. Vamos duelar, briga de gato pra valer! Pode ser aqui ou no telhado. O vencedor fica na casa. Miauuurrur!
Uma aranha, que morava atrás da cortina do quarto, cansada de ouvir o falatório do gato, saiu e pendurada num fio de sua teia se pôs a apreciar o teatro que o gato fazia com sua imagem refletida no espelho. Estava engraçado. O gato pulava, arrepiava-se, miava, arreganhava os dentes para a imagem como se estivesse diante de um inimigo.
A princípio a aranha se divertiu. Um tempo depois ela já estava sentindo a agulhada de sua consciência que dizia: “não ria da ignorância alheia”. É. O gato não sabia que aquele outro gato era ele mesmo. Foi aí que ela tomou uma atitude correta.
- Olá amigo bichano! Por que está tão bravo assim?
- É que apareceu este gato estranho para tomar o meu lugar. – disse ele sacudindo o rabo com força fazendo uma careta para a imagem.
- Amigo, amigo! Este que você vê aí é você mesmo. O amigo está diante de um espelho. Veja, se eu esticar o meu fio mais um pouco eu vejo outra aranha que sou eu mesma.
- Dona aranha, mas que confusão é esta? – perguntou o bichano.
- Não tem confusão nenhuma. Veja! – e esticando o fio de sua teia, aranha apareceu no espelho gritando para o gato:
- Olha eu aí! Tá vendo? É a minha imagem. Eu não vou brigar com ela pensando que ela quer a minha casa. É isso amigo. É o seu reflexo no espelho.
- Então este sou eu...eu? Meu Deus! Não sabia que eu era assim! – perguntava de boca aberta o bichano.
- Claro! É você mesmo. – respondeu a aranha contente.
- Todos os gatos são iguais a mim...? – quis saber.
- Não. Todos os animais são diferentes uns dos outros. Para dar um exemplo: tem gato todo branco, malhado, preto e branco, grande, pequeno e assim por diante. Isso vale para todos os seres existentes na natureza. Se tudo fosse igual, já imaginou o quanto monótono seria o mundo? – respondeu a aranha.
Então o gato, já mais calmo, começou a olhar mais atento para o espelho. Levantou a pata da frente, a imagem repetiu o gesto. Abriu a boca imitando um tigre, a imagem fez o mesmo. Ele gostou do viu e disse para a aranha.
- Obrigado amiga aranha por ter me esclarecido. Eu nunca havia me visto num espelho, daí a minha ignorância.
- Adeus amigo bichano! Não fique muito tempo diante do espelho... – disse ela rindo e escalando, lentamente, o fio da teia para voltar a sua casa atrás da cortina do quarto.
Faça como a aranha. Não ria, esclareça.
UM ACORDO ENTRE O GATO E O RATO
Maria Hilda de J. Alão.
Era uma vez um velho gato
Que morava perto do mato
Numa casa toda branquinha
Junto com a velha Mariquinha.
A velha fazia pão, queijo e biscoito
Pra vender, e cada um custava oito
Dinheiros que ela guardava
Numa sacolinha muito alva
No fundo da gaveta do armário.
Um dia, depois do trabalho diário,
A velha dirigiu-se até a cozinha
Pra ver na sacola o quanto tinha,
Pois precisava comprar o recheio
E ficar sem ele ela tinha receio
Senão biscoitos ela não vendia,
Os sem recheio ninguém queria.
Ela abriu a gaveta e pegou a sacola
Deu um grito igual galinha d’Angola:
- Tem rato nesta cozinha, venha aqui
Seu gato malandro cara de sagüi
Veja como ficou meu pobre dinheiro
Parece que foi alvo dum canhoneiro
Enquanto tu dormes empanturrado
Com a comida fruto do trabalho suado
Desta pobre velha sem ninguém por ela.
Este rato delinqüente pegue-o pela goela,
Leve-o pra longe, lá pros confins
Onde o Judas perdeu seus botins.
O velho gato com a ordem ficou perturbado,
Pois estava, há muito tempo, aposentado.
Agora pegar no batente não tinha cabimento,
Mas não podia provocar um desentendimento
Senão iria miar em estranhos telhados
Nas noites geladas de céu estrelado
Sem cama, comida e leite bem quentinho,
Por causa de um infame ratinho.
Então ele chamou o ratinho velhaco
E lhe disse: - doravante nem um naco
Do dinheiro da velha você roerá,
Queijo, bolacha e pão você comerá.
Na casa não poderá entrar nem em sonho
Esse é o acordo felino que eu proponho,
Levarei todas as noites ao seu porão
De cada alimento uma boa porção
Porque eu não quero mais me cansar
Nem me arriscar a ir morar
No olho da rua por sua causa,
Veja se nessa perturbação dá uma pausa.
O rato aceitou de pronto a proposta,
Pois passar fome ninguém gosta,
E comer sem precisar trabalhar
É tudo que um rato pode desejar.
Passou-se um tempo depois desse dia
Nem sombra do rato se via.
A velha feliz e muito contente
Dizia: - este gato é muito potente
Com ele rato não tira farinha
Sumiu com aquele cara de fuinha
Que o meu dinheiro estragou,
Mas caro ele pagou.
O rato, gordo como ele só, no porão
Ria e rolava no pó do chão
Da trapalhada para enganar a senhora
Que ao gato abençoava a toda hora.
E assim, meu lindo netinho,O gato muito espertinho
Passou seus dias dormindo,
E as noites, ao rato, comida servindo.
REFLEXÕES DE UM GATO
Maria Hilda de J. Alão.
É tão bom ser um gato, dormir num cesto de vime forrado com almofada de cetim e ser mimado pela menina Dorinha. Ela me conta histórias de bichos, de princesas e bruxas más quando, à tardinha, eu estou no seu colo refestelado.
É bom demais ser um gato, ter um amigo cachorro para eu apostar corrida pelo imenso quintal. Às vezes eu fico irritado com o carinho do cão. Ele vem e me lambe a cara, abocanha meu rabo só para me tirar da soneca de depois do almoço. Aí eu fico todo eriçado, dou um rosnado forte deixando minha dona brava que me diz:
- Psiu, amigos não brigam...
Eu vejo muita verdade nas palavras da menina e saio para brincar de pegador com Apolo, o cãozinho poodle de seis meses. Depois de muitas traquinagens, subo no muro do quintal e ele, ganindo tristinho, pede para eu descer. Depois de alguns minutos eu faço a sua vontade e ganho muitos abraços e lambidas da bolinha branca de pêlos, meu amigo do peito.
Depois de tanta brincadeira, ficamos muito cansados e recebo um gentil convite do amigo Apolo para com ele eu descansar no seu macio colchão que fica no quarto de Dorinha. Lá chegando ele me oferece seus brinquedos. Uma bolinha vermelha, um boneco azul que apita, um osso de material sintético, um pequeno sapato e tudo que estiver por ali. O cansaço fecha nossos olhos. Dormimos lado a lado, cão e gato, até que nossa dona chegue e nos acorde carinhosa:
- Apolo e Tom, já cheguei da escola. É hora do jantar.
E passa a mãozinha sobre nossas cabeças despertando-nos dos sonhos caninos e felinos. Por isso é que eu digo, crianças: é tão bom ser um gato, é tão bom ser amado.
CADA UMA TRATA DE GATOS, QUE COM SUA ELEGANCIA E SIMPATIA VÃO VIVENDO A VIDA. CADA UM COM SUAS HISTÓRIAS DIFERENTES E SEU JEITO DE GATO, UTILIZADO EM TODAS AS SITUAÇÕES, A MELHOR SOLUÇÃO. MAS CHEGA DE COMENTAR, VAMOS AGORA LÊ-LAS, JÁ.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Poemas e cantigas
Poema e cantiga sobre gatos
JASMIM
Jane Taylor
Eu tenho um gatinho
Chamado Jasmim.
Ele brinca, ele corre
Fugindo de mim;
Se eu dou comidinha
E leitinho, também,
Ele mia, dizendo
Que a todos quer bem.
Se lhe faço carinho!
Ele rosna, feliz,
E, rosnando, parece
Que a mim ele diz:
— Minha amiga é tão boa!
Ela gosta de mim;
É por isso que eu gosto
Também dela, assim... Ad. de M. L.
Figueiredo
O GATO
Vinícius De Moraes
Com um lindo salto lesto e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião Passa de novo
Do muro ao chão
E pega corre
Bem de mansinho
Atrás de um pobre
De um passarinho
Súbito, pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma o seu banho
Passando a língua
Pela barriga
MIAU
Silvane Saboia
Lá vem o gatinho
andando engraçado
com o rabo pra cima
bem esticadoMamãe grita zangada
tira esse gato!
ele vai te arranhar
se ficar ao teu lado!
saio correndo
com o gatinho em minhas mãos
pobre gatinho mamãe...eu digo baixinho....ele já arranhou meu coração
Miau, miau
Kikiriki
O gato anda apaixonado
Suspirando em cada esquina
E sonhado com à luz da lua
Viu então uma gatinha
Vai miando pela rua
Pra gatinha escutar
E com toda a sua manha
Convida ela pra dançar
Mi, mi, mi, mi... Miau!
Miau, miau, gatinho
Miau, miau, chaninho
Miau, miau, te quero
Miau, miau, te amo
Miau, miau, gatinho
Miau, miau, chaninho
Miau, miau, te quero
Miau, miau, te amo
As gatinhas mais bonitas
Querem conquistar o gato
Que desfila pela rua
Seu miado apaixonado
Quem vai ser a escolhida
Todo mundo quer saber
Se ele mia pro seu lado
A escolhida foi você!!
JASMIM
Jane Taylor
Eu tenho um gatinho
Chamado Jasmim.
Ele brinca, ele corre
Fugindo de mim;
Se eu dou comidinha
E leitinho, também,
Ele mia, dizendo
Que a todos quer bem.
Se lhe faço carinho!
Ele rosna, feliz,
E, rosnando, parece
Que a mim ele diz:
— Minha amiga é tão boa!
Ela gosta de mim;
É por isso que eu gosto
Também dela, assim... Ad. de M. L.
Figueiredo
O GATO
Vinícius De Moraes
Com um lindo salto lesto e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião Passa de novo
Do muro ao chão
E pega corre
Bem de mansinho
Atrás de um pobre
De um passarinho
Súbito, pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma o seu banho
Passando a língua
Pela barriga
MIAU
Silvane Saboia
Lá vem o gatinho
andando engraçado
com o rabo pra cima
bem esticadoMamãe grita zangada
tira esse gato!
ele vai te arranhar
se ficar ao teu lado!
saio correndo
com o gatinho em minhas mãos
pobre gatinho mamãe...eu digo baixinho....ele já arranhou meu coração
Miau, miau
Kikiriki
O gato anda apaixonado
Suspirando em cada esquina
E sonhado com à luz da lua
Viu então uma gatinha
Vai miando pela rua
Pra gatinha escutar
E com toda a sua manha
Convida ela pra dançar
Mi, mi, mi, mi... Miau!
Miau, miau, gatinho
Miau, miau, chaninho
Miau, miau, te quero
Miau, miau, te amo
Miau, miau, gatinho
Miau, miau, chaninho
Miau, miau, te quero
Miau, miau, te amo
As gatinhas mais bonitas
Querem conquistar o gato
Que desfila pela rua
Seu miado apaixonado
Quem vai ser a escolhida
Todo mundo quer saber
Se ele mia pro seu lado
A escolhida foi você!!
ESTES POEMAS E CANTIGAS FORAM ESCOLHIDOS PORQUE FALAM SOBRE GATOS. CADA UM DE ARTISTAS DIFERENTES, QUE UTILIZARAM ESTE ESPLENDIDO ANIMAL COMO TEMA PARA SUAS MÚSICAS. LEIA E DIVIRTA-SE COM ELES.
fotos do filme Garfield 2
Imagens do GARFIELD
ESCOLHI ESTAS IMAGENS, POIS CADA UMA DELAS REVELA UMA PARTE DA PERSONALIDADE DO GARFIELD, SEUS DIFERENTES ESTADOS DE HUMOR, SUAS ALEGRIAS, TRISTEZAS, MOSTRANO SEU LADO “HUMANO” DE SER. OBSERVE SE ELE NÃO É LINDO?
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Música sobre gatos
Música
História De Uma Gata
Chico Buarque
Composição: Enriquez/Bardotti - versão: Chico Buarque
Jumento: Querem saber? Me sinto melhor agora que somos três.
Gata: Quatro!
Cachorro: Que? Quem está aí?
Gata: Sou eu, estou aqui na árvore, miau, eu sou uma gatinha.
Cachorro:Au au
Gata: ui ai
Jumento: Para, cachorro. 1ª lição do dia, o melhor amigo do bicho é o bicho. E você gata desce da arvore.
Gata: Depende do programa.
Galinha: Nós vamos à cidade, vamos fazer um cocococonjunto você também sabe cantar a sim, infelizmente...
Todos(menos a gata): Infelizmente? ? ?
Gata: Porque fazer um som não foi nada jóia pra mim.
Jumento: Perdão como disse?
Gata: Porque cantar um musica me custou muitíssimo, miau.Todos(menos gata): Conta.
Todos(menos gata): Conta.
Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram
O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé...de gato
Me diziam, todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás
De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim
ESCOLHI COLOCAR ESTA MUSICA POR CAUSA DA INDICAÇÃO QUE RECEBIDO MEU PROFESSOR DE REDAÇÃO AO ENTRAR NO MEU BLOG. ESTA MUSICA CONTA A HISTÓRIA DE UMA GATA QUE TINHA TUDO DO BOM E DO MELHOR E PORQUE SAIU A NOITE PARA CANTAR NO MEIO DA GATARIA, PERDEU TUDO QUE TINHA. É UMA MUSICA MUITO INTERESSANTE. LEIA A LETRA E VERA.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Noticias sobre ELE
Os filmes do Garfield
Garfield - O Filme
INFO
Ano: 2004
País:
EUA
Género: Comédia, AnimaçãoRealização: Peter Hewitt
SINOPSEO gorducho gato Garfield passa seu tempo dorminhocando, comendo lasanha e aprontando travessuras, até que seu dono Jon (Breckin Meyer) se apaixona por uma linda veterinária chamada Liz (Jennifer Love Hewitt). Ela convence Jon a adotar Odie, um filhote de cachorro adoravelmente tolinho, que imediatamente coloca a confortável vida de Garfield de pernas para o ar. Quando um malígno treinador de cães seqüestra Odie, Garfield tem que se levantar do sofá e comandar a heróica operação de resgate.
O FILME GARFIELD É UMA COMÉDIA MARAVILHOSA, QUE FALA SOBRE O DESAPARECIMENTO DO CACHORRO ODIE, FAZENDO COM QUE GARFIELD SAIA DE SEU AMADO BECO.
JÁ O FILME GARFIELD 2, GARFIELD, O GATO MAIS AMADO DO MUNDO VAI PARA LONDRES E TROCA DE LUGAR COM PRINCE, UM GATO DE FAMÍLIA REAL, IMAGINE QUE CONFUSÃO NÃO É ?
MAS SAINDO DAS TELINHAS, QUE TAL RELACHAR COM UM BOM LIVRO? SENTE E LEIA GARFIELD 9- UM GATO EM APUROS. ESTE LIVRO APRESENTA TIRINHAS MARAVILHOSAS (COMO NOS OUTROS 8 LIVROS), COMPRE JÁ O SEU NA BANCA MAIS PRÓXIMA, MAS CORRA VIU?!
Ele é Garfield
Um pouco mais sobre ele
Ele é espertalhão, dorminhoco, viciado em café, amante de lasanha, segundo-fóbico, chutador de cachorros, esmagador de aranhas, gato gordo perturbador de carteiros. Esse é Garfield...o felino mais engraçado do mundo!
Nasceu na cozinha da Mama Leone em um restaurante italiano em 1978, Garfield se tornou uma celebridade mundial.
Essa excentricidade do seu impotente dono, Jon Arbuckle, esse cachorro babão, Odie, e seu amado ursinho Pooky, nos trazem milhões de risadas diariamente.
Mas o que tem de tão interessante sobre esse baixinho, gordinho com uma atitude rude? O que faz de Garfield ser tão amável? É simples... as pessoas se relacionam com Garfield, porque ele é como elas. "Um humano em pele de gato", como Jim Davis, seu criador gosta de falar. Garfield adora TV e odeia segundas-feiras. Ele prefere exercitar o maxilar do que qualquer outro músculo; de fato, sua paixão por comida e soneca é equiparada somente pela sua aversão a dieta e exercício (ele prefere deitar e dormir do que levantar e trabalhar). Ele gostaria mais das manhãs se elas começassem mais tarde. Café ("Forte o suficiente para me manter acordado pelas manhãs" ) essa é a única forma de se começar um dia. O que poderia ser mais humano?
As pessoas se identificam, e se deliciam, com seu humor insolente. Garfield é espertinho --- e o primeiro a admitir isso!
Ele nunca hesita em falar o que as pessoas - jovens ou velhas - gostariam de falar, e na forma que eu gostariam de falar. Mas ele nunca é socialmente inaceitável... apenas sensivelmente ultrajante! E, depois de tudo, Garfield ainda diz, "Maturidade é superestimada.".
Mas Garfield não é só insolente e sarcasmo; ele também tem seu lado carinhoso. Ele realmente ama profundamente seu ursinho Pooky, e ama também Jon e Odie (não os ama mais que si mesmo, é claro).
É fácil de ver como Garfield é um personagem completo. Se ele está se alimentando, tirando uma soneca, ou simplesmente declamando uma linha, Garfield é um clássico -- e os clássicos são sempre um estilo.
ESCOLHI ESTA OPIÇÃO PARA FALAR UM POUCO MAIS SOBRE O GARFIELD, VARIANDO O CONTESTO UTILIZADO, PARA TU, QUE ACESAS MEU BLOG, POSSA OBTER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O GARFIELD, PODENDO CONHECE-LO MELHOR
Perfil do Garfield
Perfil do Gato
Data de Nascimento: 19 de Junho de 1978
Local de Nascimento: Na Cozinha da Mama Leone
Peso Quando Nasceu: 2kg e 380 g
Peso Atual: Perfeito "Eu estou na forma perfeita para o meu peso."
Esporte Favorito: Uma boa soneca
Confidente: Pooky, seu ursinho
Melhor Amigo: Seu espelho
Lugar Favorito para se esconder: O pote de biscoitos
Colega de Diversão: Odie: "Cachorros são a forma que a natureza encontrou para nos dizer que
poderíamos estar em pior situação."
Hobbies: Comer e Dormir "Pode existir mais coisa que isso, mas eu espero que não."
Bebida Favorita: Café "Forte o suficiente me manter acordado pelas manhãs."
Citações Favoritas: "Eu gostaria mais das manhãs se elas começassem mais tarde."
Diversão Favorita: Preguiça: "Alguns chamam de preguiça, eu chamo de pensamento profundo."
Exercício Favorito: Prefere deitar de dormir a levantar e trabalhar.
Do que não gosta: Aranhas Carteiros
Dieta: Perdi 2 Kg e 2 Vidas
ESTE PERFIL FALA UM POUCO MAIS SOBRE O GARFIELD, NOS QUADRINHOS, COMO EXEMPLO, SUA DATA DE NASCIMENTO, LOCAL DE NASCIMENTO, SEU AMIGO, SEU CONFIDENTE, ETC. LEIA ELE E DESCUBRA UM POUCO MAIS SOBRE ESTE PERSONAGEM QUE CONQUISTOU O MUNDO.
Histórico do Garfield
História
Jim Davis há 20 anos tentava criar um personagem que fosse meigo, ativo, brincalhão e que ao mesmo tempo fosse chato e manhoso. Levou como exemplo um gato. É o seu gatinho de estimação e chamou-o de "Garfild The Cat". Mas esse gato seria solitário e criou novos amigos para ele, como Odie, Wade, Pooky, Arlene e outros.
Garfield
Autor(es)
Jim Davis
Status atual / andamento da publicação
Em produção / Diádia
Data de lançamento
19 de Junho de 1978
Sindicato(s)
Universal Press Syndicate (Corrente) (1994-)United Media
Gênero(s)
Humor
Classificação
livre
O gato Garfield é estrela de uma das tirinhas mais famosas da história, sendo publicado em 2570 jornais de todo o mundo (só perdendo para Peanuts). Os outros personagens principais são Odie, um cão estúpido, e Jon Arbuckle, um cartunista, dono dos dois. Garfield é criação de Jim Davis, que tirou o nome de seu avô James Garfield Davis (este teve seu nome inspirado pelo presidente americano James Garfield).
Índice
1 História
2 Personagens
3 Temas comuns
4 Fora dos quadrinhos
4.1 Televisão
4.2 Cinema
4.3 Outros
//
História
Garfield estreou em 19 de Junho de 1978. Tinha traços disformes, bochechas enormes e olhos pequenos. Já mostrava sarcasmo:
Jon - Oi, eu sou Jon Arbuckle, e esse é meu gato, Garfield.Garfield - Oi, eu sou Garfield, sou um gato, e esse é meu cartunista, Jon.
A tira ironiza pessoas que transformam os animais de estimação nos "donos da casa". Também mostra um gato atuando como homem (inclusive, andando em 2 patas) e enfrentando problemas humanos (dieta, tédio, aversão às segundas-feiras, etc.).
Em 1980, Jim Davis redesenhou Garfield, com olhos ovais e barriga menor, dando como justificativa uma dieta forçada.
Em 1982, Garfield estrelou um especial de TV chamado Aí vem Garfield. Outros onze especiais foram feitos até 1991; uma série animada, Garfield e Seus Amigos, foi produzida entre 1988 e 1995. O gato fora dublado no Brasil por Carlos Marques.
Em 7 de Junho de 1999, a tirinha tornou-se colorida.
Em 2004, foi lançado Garfield, o Filme, que usou um Garfield criado por computação gráfica e dublado por Bill Murray (a versão brasileira é dublada pelo ator Antônio Calloni). Um segundo longa-metragem, Garfield 2, foi lançado em 2006.
Em 2007 foi lançado um filme chamado Garfield Cai na Real (Garfield Gets Real) em desenho de computação gráfica, baseado nos quadrinhos.
Em 2008 foi lançado outro filme, que o título orginal é Garfield Fun Fest, que também foi em computação gráfica.
Em 2009 irá lançar o 3º filme, que será chamado en:Pet Force.
Personagens
Garfield - Um gato laranja listrado. Preguiçoso, guloso, amante de televisão e acima de tudo, sarcástico. Adora chutar Odie da mesa, caçar pássaros e carteiros, o seu prato favorito é lasanha. Odeia segunda-feira, passas, dietas (que vez ou outra Jon lhe impõe) e caçar ratos ("Lábios que tocam num rato jamais tocarão os meus"). Garfield adora matar aranhas e sofre de ataques de sono.
Odie - O "parceiro" de Garfield. É um cão idiota, definido por Garfield como "uma língua com olhos e patas", por sempre estar com a língua de fora, babando. Mas freqüentemente se vinga do gato. Sua primeira aparição foi em 8 de Agosto de 1978.
Jon Arbuckle - O cartunista (embora raramente seja visto trabalhando), dono de Odie e Garfield. É um fracasso com as mulheres, veste-se muito mal e geralmente cai nos truques do gato. Em uma tira de Natal, descobrimos que seu nome completo é Jonathan Q. Arbuckle.
Nermal - O "gato mais lindo do mundo". Freqüentemente aparece, para desprezo de Garfield. No desenho, Garfield gosta de tentar mandá-lo para Abu Dhabi.
Pooky - o urso de pelúcia de Garfield. Em sua primeira aparição, Garfield procurava algo na gaveta de Jon e achara Pooky.
Arlene - a namorada de Garfield. Aparece esporadicamente.
Lyman - amigo de Jon, o dono original de Odie. Em 1983 desapareceu, só reaparecendo em uma ponta na tira de 19 de Junho de 1988, que comemora o décimo aniversário de Garfield.
Liz Wilson - a veterinária de Garfield. Jon vive tentando dar-lhe uma cantada, e quando eles saem, geralmente é um desastre (especialmente porque Garfield vai junto...). Em 2006, os dois finalmente começaram um namoro.
Herman Post - O Carteiro de Jon. Garfield vive o atormentando.
Wilhelm Burtside - Vizinho irritadiço e mal-humorado de Jon Arbuckle, é outra vítima constante das armações do Garfield, especialmente no que diz respeito ao mau uso da churrasqueira "emprestada" de Burtside.
Binky, o palhaço - ridículo animador infantil de televisão, caracterizado por seu grito "Ooooooi, crianças!", o qual é normalmente modificado por "Oooooi, gato!" para pregar sustos nas pessoas, especialmente no pobre Garfield.
Balança - A balança do banheiro possui um processador, por isso, fala. Quando Garfield resolve usá-la, geralmente a balança vai para o lixo por dizer frases como:
"Me diga, alguma vez já pensou em seguir carreira como barcaça fluvial?"
"Sou uma balança de banheiro! Não peso cargas!"
"Quantos são vocês aí em cima?"
"parabens,esta voz oficialmente interdita a passagem por certas pontes!"
Temas comuns
Tédio: Garfield vez ou outra não tem o que fazer e fica olhando pro teto, filosofando.
Televisão: o preguiçoso gato adora a telinha - e quando a assiste,se depara com programas simplesmente indescritíveis e filmes como "O Monstro de Lama". Os roteiristas usam a TV pra criticar a própria cultura pop.
Dieta: Jon frequentemente tenta botar o guloso em regime, por achá-lo gordo. Daí sucedem-se as idéias sobre dieta, alucinação com comida e ataques à despensa. Uma dieta foi a justificativa para alterar o traço de Garfield, no começo dos anos 80.
Segunda-feira: Garfield "nasceu" numa segunda-feira, mas a odeia. Freqüentemente as tirinhas de começo da semana mostram o gato se esborrachando (ou reclamando). Mas quando 19 de Junho cai numa segunda, Garfield acaba celebrando.
Vida selvagem: quando Garfield sai de casa, sempre acaba dando algo errado - ele sobe árvores, é atacado por grandes cães ferozes, pula em canteiros e caça pássaros.
Praia: praticamente em todas as férias, Jon vai pra praia - o que Garfield odeia, por ser quente e não ter televisão.
A Cerca: Garfield faz um show lá. Conta piadas terríveis, canta e recebe objetos arremessados do público - de ovos e tomates a despertadores.
Veterinário: ocasionalmente, Garfield vai para lá, o que ele odeia. Só gosta de Jon receber foras sucessivos da veterinária, Liz.
Janela: Garfield olha pra fora - e comenta os fatos estranhos.
Aniversário: na semana antes de 19 de Junho, Garfield faz sua filosofia sobre aniversários e pensa no passado. Em 2003, o Garfield de 1978 veio visitar o "atual".
Natal: Garfield vê a armação da árvore, a neve etc. Mas o que ele gosta mesmo é dos presentes.
Ano Novo: em todo 1 de Janeiro, Garfield sempre começa o ano atormentando Jon (mais comumente, com uma corneta). Às vezes ele o faz já na véspera.
E vez ou outra, tirinhas com "Acredite se Quiser", "A História dos Gatos", "A História dos Cães", com a ciência e a história do ponto de vista do gato.
Ainda há as histórias que satirizam o consumismo, com vendedores oferecendo produtos absurdos que Jon normalmente compra sem pensar duas vezes. Algumas vezes são inúteis (um estátua de Leonardo DaVinci em macarrão) ou vêm com defeitos ou "pegadinhas" ("Se você comprar hoje ganha o manual, por apenas 50 dólares adicionais!"). Os vendedores batem à porta ou aparecem na televisão.
Fora dos quadrinhos
Televisão
Especiais:
Aí vem Garfield (1982) - O gato resgata Odie da carrocinha.
Garfield na Cidade (1983) - O gato descobre marginais e sua família na cidade grande.
Garfield no Perigo (1984) - Jon leva os animais pra acampar-e lá eles descobrem uma pantera fugitiva.
Garfield no Halloween (1985) - Garfield e Odie vão comemorar o Dia das Bruxas-e descobrem toda uma história de fantasmas...
Garfield no Paraíso (1986) - Jon viaja para uma ilha tropical vulcânica, que teria sido salva anos antes por um "forasteiro" semelhante a James Dean.
Garfield no Natal (1987) - Jon vai visitar a família.
Garfield vai pra Hollywood (1987) - Garfield entra num concurso de animais, e acaba indo pra fase final em Hollywood.
Garfield e Suas 9 Vidas (1988) - As 9 vidas do gato,passando por Idade da Pedra, Egito Antigo, o gato de Handel, gato dublê, gato de mocinha, gato cobaia, a vida atual(8a) e gato do futuro, enfrentando terríveis alienígenas (diz-se que os gatos "têm 9 vidas" em países de língua inglesa. No Brasil, dize-se que os felinos "têm 7 vidas").
Garfield: Balas e Gatas (1989) - Garfield entra num "film noir", virando um detetive tipo Humphrey Bogart.
Garfield e o Dia de Ação de Graças (1989)
Garfield's Feline Fantasies (1990)
Garfield Consegue Uma Vida (1991) - Jon e Garfield resolvem conseguir "uma vida menos ordinária".
Seriado:
Garfield e Seus Amigos (1988-1995). Garfield dividia o desenho com a Fazenda do Orson, um porco leitor e seus amigos.
DVD:
Garfield Cai na Real (Garfield Gets Real) (2007). Um desenho novo do Garfield em 3D. Garfield e a sua turma do quadrinhos cai no mundo real por acidente.
Cinema
Garfield, o Filme (Garfield - The Movie) (2004), com Bill Murray na voz do gato (voz brasileira de Antônio Calloni).
Garfield 2 (Garfield - A Tale Of Two Kitties) (2006), novamente com Bill Murray na voz do gato (voz brasileira de Antônio Calloni).
Outros
Bonecos de pelúcia de Garfield tornaram-se muito populares nos anos 90. Tinham ventosas e eram grudados nos vidros de muitos carros.
Jogos de videogame foram lançados para diversos consoles.
Jim Davis há 20 anos tentava criar um personagem que fosse meigo, ativo, brincalhão e que ao mesmo tempo fosse chato e manhoso. Levou como exemplo um gato. É o seu gatinho de estimação e chamou-o de "Garfild The Cat". Mas esse gato seria solitário e criou novos amigos para ele, como Odie, Wade, Pooky, Arlene e outros.
Garfield
Autor(es)
Jim Davis
Status atual / andamento da publicação
Em produção / Diádia
Data de lançamento
19 de Junho de 1978
Sindicato(s)
Universal Press Syndicate (Corrente) (1994-)United Media
Gênero(s)
Humor
Classificação
livre
O gato Garfield é estrela de uma das tirinhas mais famosas da história, sendo publicado em 2570 jornais de todo o mundo (só perdendo para Peanuts). Os outros personagens principais são Odie, um cão estúpido, e Jon Arbuckle, um cartunista, dono dos dois. Garfield é criação de Jim Davis, que tirou o nome de seu avô James Garfield Davis (este teve seu nome inspirado pelo presidente americano James Garfield).
Índice
1 História
2 Personagens
3 Temas comuns
4 Fora dos quadrinhos
4.1 Televisão
4.2 Cinema
4.3 Outros
//
História
Garfield estreou em 19 de Junho de 1978. Tinha traços disformes, bochechas enormes e olhos pequenos. Já mostrava sarcasmo:
Jon - Oi, eu sou Jon Arbuckle, e esse é meu gato, Garfield.Garfield - Oi, eu sou Garfield, sou um gato, e esse é meu cartunista, Jon.
A tira ironiza pessoas que transformam os animais de estimação nos "donos da casa". Também mostra um gato atuando como homem (inclusive, andando em 2 patas) e enfrentando problemas humanos (dieta, tédio, aversão às segundas-feiras, etc.).
Em 1980, Jim Davis redesenhou Garfield, com olhos ovais e barriga menor, dando como justificativa uma dieta forçada.
Em 1982, Garfield estrelou um especial de TV chamado Aí vem Garfield. Outros onze especiais foram feitos até 1991; uma série animada, Garfield e Seus Amigos, foi produzida entre 1988 e 1995. O gato fora dublado no Brasil por Carlos Marques.
Em 7 de Junho de 1999, a tirinha tornou-se colorida.
Em 2004, foi lançado Garfield, o Filme, que usou um Garfield criado por computação gráfica e dublado por Bill Murray (a versão brasileira é dublada pelo ator Antônio Calloni). Um segundo longa-metragem, Garfield 2, foi lançado em 2006.
Em 2007 foi lançado um filme chamado Garfield Cai na Real (Garfield Gets Real) em desenho de computação gráfica, baseado nos quadrinhos.
Em 2008 foi lançado outro filme, que o título orginal é Garfield Fun Fest, que também foi em computação gráfica.
Em 2009 irá lançar o 3º filme, que será chamado en:Pet Force.
Personagens
Garfield - Um gato laranja listrado. Preguiçoso, guloso, amante de televisão e acima de tudo, sarcástico. Adora chutar Odie da mesa, caçar pássaros e carteiros, o seu prato favorito é lasanha. Odeia segunda-feira, passas, dietas (que vez ou outra Jon lhe impõe) e caçar ratos ("Lábios que tocam num rato jamais tocarão os meus"). Garfield adora matar aranhas e sofre de ataques de sono.
Odie - O "parceiro" de Garfield. É um cão idiota, definido por Garfield como "uma língua com olhos e patas", por sempre estar com a língua de fora, babando. Mas freqüentemente se vinga do gato. Sua primeira aparição foi em 8 de Agosto de 1978.
Jon Arbuckle - O cartunista (embora raramente seja visto trabalhando), dono de Odie e Garfield. É um fracasso com as mulheres, veste-se muito mal e geralmente cai nos truques do gato. Em uma tira de Natal, descobrimos que seu nome completo é Jonathan Q. Arbuckle.
Nermal - O "gato mais lindo do mundo". Freqüentemente aparece, para desprezo de Garfield. No desenho, Garfield gosta de tentar mandá-lo para Abu Dhabi.
Pooky - o urso de pelúcia de Garfield. Em sua primeira aparição, Garfield procurava algo na gaveta de Jon e achara Pooky.
Arlene - a namorada de Garfield. Aparece esporadicamente.
Lyman - amigo de Jon, o dono original de Odie. Em 1983 desapareceu, só reaparecendo em uma ponta na tira de 19 de Junho de 1988, que comemora o décimo aniversário de Garfield.
Liz Wilson - a veterinária de Garfield. Jon vive tentando dar-lhe uma cantada, e quando eles saem, geralmente é um desastre (especialmente porque Garfield vai junto...). Em 2006, os dois finalmente começaram um namoro.
Herman Post - O Carteiro de Jon. Garfield vive o atormentando.
Wilhelm Burtside - Vizinho irritadiço e mal-humorado de Jon Arbuckle, é outra vítima constante das armações do Garfield, especialmente no que diz respeito ao mau uso da churrasqueira "emprestada" de Burtside.
Binky, o palhaço - ridículo animador infantil de televisão, caracterizado por seu grito "Ooooooi, crianças!", o qual é normalmente modificado por "Oooooi, gato!" para pregar sustos nas pessoas, especialmente no pobre Garfield.
Balança - A balança do banheiro possui um processador, por isso, fala. Quando Garfield resolve usá-la, geralmente a balança vai para o lixo por dizer frases como:
"Me diga, alguma vez já pensou em seguir carreira como barcaça fluvial?"
"Sou uma balança de banheiro! Não peso cargas!"
"Quantos são vocês aí em cima?"
"parabens,esta voz oficialmente interdita a passagem por certas pontes!"
Temas comuns
Tédio: Garfield vez ou outra não tem o que fazer e fica olhando pro teto, filosofando.
Televisão: o preguiçoso gato adora a telinha - e quando a assiste,se depara com programas simplesmente indescritíveis e filmes como "O Monstro de Lama". Os roteiristas usam a TV pra criticar a própria cultura pop.
Dieta: Jon frequentemente tenta botar o guloso em regime, por achá-lo gordo. Daí sucedem-se as idéias sobre dieta, alucinação com comida e ataques à despensa. Uma dieta foi a justificativa para alterar o traço de Garfield, no começo dos anos 80.
Segunda-feira: Garfield "nasceu" numa segunda-feira, mas a odeia. Freqüentemente as tirinhas de começo da semana mostram o gato se esborrachando (ou reclamando). Mas quando 19 de Junho cai numa segunda, Garfield acaba celebrando.
Vida selvagem: quando Garfield sai de casa, sempre acaba dando algo errado - ele sobe árvores, é atacado por grandes cães ferozes, pula em canteiros e caça pássaros.
Praia: praticamente em todas as férias, Jon vai pra praia - o que Garfield odeia, por ser quente e não ter televisão.
A Cerca: Garfield faz um show lá. Conta piadas terríveis, canta e recebe objetos arremessados do público - de ovos e tomates a despertadores.
Veterinário: ocasionalmente, Garfield vai para lá, o que ele odeia. Só gosta de Jon receber foras sucessivos da veterinária, Liz.
Janela: Garfield olha pra fora - e comenta os fatos estranhos.
Aniversário: na semana antes de 19 de Junho, Garfield faz sua filosofia sobre aniversários e pensa no passado. Em 2003, o Garfield de 1978 veio visitar o "atual".
Natal: Garfield vê a armação da árvore, a neve etc. Mas o que ele gosta mesmo é dos presentes.
Ano Novo: em todo 1 de Janeiro, Garfield sempre começa o ano atormentando Jon (mais comumente, com uma corneta). Às vezes ele o faz já na véspera.
E vez ou outra, tirinhas com "Acredite se Quiser", "A História dos Gatos", "A História dos Cães", com a ciência e a história do ponto de vista do gato.
Ainda há as histórias que satirizam o consumismo, com vendedores oferecendo produtos absurdos que Jon normalmente compra sem pensar duas vezes. Algumas vezes são inúteis (um estátua de Leonardo DaVinci em macarrão) ou vêm com defeitos ou "pegadinhas" ("Se você comprar hoje ganha o manual, por apenas 50 dólares adicionais!"). Os vendedores batem à porta ou aparecem na televisão.
Fora dos quadrinhos
Televisão
Especiais:
Aí vem Garfield (1982) - O gato resgata Odie da carrocinha.
Garfield na Cidade (1983) - O gato descobre marginais e sua família na cidade grande.
Garfield no Perigo (1984) - Jon leva os animais pra acampar-e lá eles descobrem uma pantera fugitiva.
Garfield no Halloween (1985) - Garfield e Odie vão comemorar o Dia das Bruxas-e descobrem toda uma história de fantasmas...
Garfield no Paraíso (1986) - Jon viaja para uma ilha tropical vulcânica, que teria sido salva anos antes por um "forasteiro" semelhante a James Dean.
Garfield no Natal (1987) - Jon vai visitar a família.
Garfield vai pra Hollywood (1987) - Garfield entra num concurso de animais, e acaba indo pra fase final em Hollywood.
Garfield e Suas 9 Vidas (1988) - As 9 vidas do gato,passando por Idade da Pedra, Egito Antigo, o gato de Handel, gato dublê, gato de mocinha, gato cobaia, a vida atual(8a) e gato do futuro, enfrentando terríveis alienígenas (diz-se que os gatos "têm 9 vidas" em países de língua inglesa. No Brasil, dize-se que os felinos "têm 7 vidas").
Garfield: Balas e Gatas (1989) - Garfield entra num "film noir", virando um detetive tipo Humphrey Bogart.
Garfield e o Dia de Ação de Graças (1989)
Garfield's Feline Fantasies (1990)
Garfield Consegue Uma Vida (1991) - Jon e Garfield resolvem conseguir "uma vida menos ordinária".
Seriado:
Garfield e Seus Amigos (1988-1995). Garfield dividia o desenho com a Fazenda do Orson, um porco leitor e seus amigos.
DVD:
Garfield Cai na Real (Garfield Gets Real) (2007). Um desenho novo do Garfield em 3D. Garfield e a sua turma do quadrinhos cai no mundo real por acidente.
Cinema
Garfield, o Filme (Garfield - The Movie) (2004), com Bill Murray na voz do gato (voz brasileira de Antônio Calloni).
Garfield 2 (Garfield - A Tale Of Two Kitties) (2006), novamente com Bill Murray na voz do gato (voz brasileira de Antônio Calloni).
Outros
Bonecos de pelúcia de Garfield tornaram-se muito populares nos anos 90. Tinham ventosas e eram grudados nos vidros de muitos carros.
Jogos de videogame foram lançados para diversos consoles.
Escolhi este histórico, pois fala um pouco sobre o personagem Garfield, um gato preguiçoso, que adora lasanha e ama café, desde sua criação (pelo americano Jim Davis a 20 anos atrás) até os dias atuais. Os principais personagens são Jon, Odie, Lyman, entre outros. Leia este histórico e conhecerá um pouco mais sobre o Garfield.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
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